Visão geral da série

Olá pessoal, bem-vindos à série PHP front to back. Inicialmente, esta série iria ser um curso rápido em um único vídeo, porém percebi que cursos em formato de crash limitam o que posso mostrar, pois não gosto de torná-los mais longos do que 45 minutos a uma hora. O objetivo desta série é ensinar uma linguagem completa, não apenas dar os pés no chão, mas conduzir o aprendizado do início ao fim, ou seja, do front ao back.

Conforme com qualquer tecnologia que eu escolho para fazer vídeos, alguns de vocês podem estar dizendo: “Dane-se, eu odeio PHP.” Ainda assim, eu encorajo que assistam à série e aprendam com ela, porque seja qual for a sua opinião, PHP está em toda parte. Não é necessário gostar da linguagem para aprendê-la.

Há pouco tempo percebi que meu canal tem muito JavaScript e muitos frameworks, e tem muito pouco PHP. Na verdade, eu sei mais sobre PHP do que sobre JavaScript. Assim que esta série terminar, faremos outra linguagem. Quer seja Python, Java ou qualquer outra, espero ter um canal onde qualquer pessoa possa aprender qualquer coisa relacionada à programação.

Essa é a minha pequena explanação inicial. Agora vamos ver o que está incluso nesta série. Vou acrescentar conteúdos conforme avançamos, mas começaremos discutindo: o que é PHP e por que você usaria para o desenvolvimento, e tentaremos esclarecer isso já neste vídeo. Em seguida, mostrarei como configurar o PHP na sua máquina.

Conteúdo da série: o que será coberto

Este é o esboço inicial do que planejo abordar, com adições que irei acrescentando ao longo do caminho. A ideia central é evoluir de conceitos básicos para aplicações mais completas, mantendo a linha de aprendizado clara e progressiva. Entre os assuntos que serão explorados incluem:

• sintaxe básica, com foco em variáveis, arrays, laços, condicionais, etc.
• tentarei combinar alguns desses tópicos em vídeos únicos para evitar dedicar um vídeo inteiro apenas a variáveis;
• PHP é muito flexível, o que pode ser uma vantagem ou uma desvantagem;
• mostrar como usar programação procedural e programação orientada a objetos, incluindo a criação de classes, entre outros recursos;
• criar páginas dinâmicas, trabalhar com includes e escrever código sem repetição;
• trabalhar com envio de formulários e super globais, como fazer e receber requisições GET e POST;
• trabalhar com bancos de dados, principalmente MySQL, mas também mostrar como usar PostgreSQL e talvez algo como MongoDB.
• e, por fim, ao aprender o básico, criar projetos rápidos como um formulário de contato, um sistema de login de usuário, e, quem sabe, um projeto maior no final.

O que é PHP e alguns de seus princípios básicos

PHP ao longo dos anos teve diferentes siglas. Hoje ele é conhecido como PHP Hypertext Pre-Processor. Trata-se de um acrônimo recursivo. PHP é uma linguagem de programação ou de script do lado do servidor, ou seja, todo o PHP é hospedado em um servidor. Não é como JavaScript, que pode ser executado no cliente do usuário. O PHP precisa de um servidor para ser executado.

O Apache é o tipo de servidor mais popular sobre o qual o PHP é executado, mas é possível utilizar outras opções. O PHP faz parte do stack LAMP, composto por Linux, Apache, MySQL e PHP, que é um conjunto extremamente popular para trabalhar com PHP. Além disso, o PHP pode ser incorporado diretamente em marcação HTML. Uma das grandes vantagens do PHP é essa capacidade de embutimento em HTML. Para que o PHP rode, o arquivo precisa ter a extensão .php; mesmo que o HTML esteja no servidor, ele não processará o PHP sem a devida extensão de arquivo.

Para entender rapidamente como o PHP funciona, pense na seguinte sequência simplificada: o usuário, em um computador cliente, faz uma requisição a uma página, geralmente um arquivo PHP. Em seguida, o servidor processa essa requisição usando um interpretador PHP. O PHP pode ter várias extensões habilitadas por padrão, e há a possibilidade de adicionar ou remover extensões. Caso você saiba suficiente, é possível até criar as suas próprias extensões.

Durante o processamento e a interpretação, o PHP pode trabalhar com um banco de dados. Esse é um dos recursos fortes do PHP, pois ele pode interagir com diferentes tipos de bancos de dados. O MySQL é provavelmente o mais popular para aplicações de pequeno e médio porte. Além disso, o PHP pode interagir com outros arquivos no sistema. Ele pode ler de outros arquivos, bem como gravar neles. Ao final do processamento, o PHP envia o resultado para o cliente ou navegador. É importante notar que o script PHP em si não é enviado ao navegador; o que é enviado é o resultado do script — geralmente HTML, mas também pode ser texto simples, JSON, XML, PDFs, etc. Em geral, o que o navegador verá é HTML gerado pelo PHP, com código PHP já executado do lado do servidor.

Vantagens e considerações sobre o PHP

Alguns desenvolvedores amam o PHP, outros adorariam alternativas, mas, independentemente disso, o PHP tem várias vantagens claras. É muito fácil de aprender quando comparado a outras linguagens de servidor. Não é tipado; você não precisa definir tipos de dados e isso facilita a curva inicial de aprendizado. Além disso, é gratuito e de código aberto, com uma vasta quantidade de suporte na internet e uma excelente documentação. E como é amplamente utilizado, você pode sempre encontrar ajuda quando precisar.

O PHP é também totalmente multiplataforma: funciona em Windows, Linux e Mac, e tipicamente roda sobre um servidor Apache, embora possa usar outros tipos de servidores. O PHP oferece muita liberdade, o que pode ser bom para ser único e original, mas também pode levar a código de qualidade duvidosa por ser menos estruturado. O ecossistema do PHP é rico em frameworks: Laravel é provavelmente o mais popular atualmente; Symphony e CodeIgniter também são mencionados como opções úteis, especialmente pela facilidade de aprendizado.

Quanto à compatibilidade, o PHP é muito compatível com quase qualquer tipo de banco de dados. MySQL, PostgreSQL e até bancos NoSQL como o MongoDB são mencionados como possibilidades. Com PHP é possível fazer praticamente tudo que outras linguagens de servidor conseguem fazer: criar conteúdo de páginas dinâmicas, interagir com arquivos no servidor, lidar com diferentes tipos de arquivo, coletar informações de formulários web e processá-las, enviar e receber cookies, utilizar sessões (tema que será abordado mais adiante), criar, ler, atualizar e excluir dados de um banco de dados, implementar controle de acesso em sites, criptografar dados e muito mais.

Tipos de sites e aplicações tipicamente criados com PHP

Entre os tipos de sites e aplicações comumente desenvolvidos com PHP estão:

• sites básicos, como um site empresarial, onde as informações são apresentadas de forma estática ou semi-dinâmica;
• sites tipo blog, onde o conteúdo fica armazenado no banco de dados e as páginas são criadas dinamicamente;
• carreiras de comércio eletrônico, como lojas online com carrinho de compras;
• redes sociais onde pessoas podem se cadastrar e entrar com contas;
• sistemas de gestão de conteúdo (CMS), incluindo WordPress, Joomla, Drupal e muitos outros;
• sistemas de membros com controle de acesso;
• motores de busca com consultas de texto completo;
• desenvolvimento de back ends de APIs, incluindo APIs RESTful que utilizam JSON.

Esses cenários refletem a versatilidade do PHP para atender uma ampla gama de necessidades de aplicações web.

Encerramento da introdução e próximo passo

Agora que temos uma visão geral do que estará incluído nesta série, vamos avançar e entrar na prática: vamos configurar o PHP na máquina de cada um e começar a codificar.